Críticas
Especiais
Tops
Com a verdade m'enganas
Série da Quinzena
Poster | restoP
Espelho meu, espelho meu...
Motion Picture
Actrizes Eternas
Actores Em Ascenção
Trailers em Rewind <<
Música de Fundo
sábado, dezembro 03, 2005
24 Hour Party People


Um genial filme para os verdadeiros amantes de música.

Eu confesso que sei muito menos do que aquilo que gostaria sobre a época em que decorre 24 Hour Party People. Mas há qualquer coisa que mexe comigo. Um sentimento de melancolia, apesar de ter nascido em 1984 e não ter vivido nada dos loucos anos da "Madchester".

Contextualizemos: 1976, 42 pessoas assistem ao que seria um ponto de viragem na história da música. O primeiro concerto dos Sex Pistols. Dessas 42 pessoas destacam-se Tony Wilson (nosso guia durante todo o filme e figura central no movimento musical que aconteceu em Manchester), Howard Devoto, vocalista dos Magazine, Pete Shelley vocalista dos Buzzcocks, Mick Hucknall, vocalista dos Simply Red, Rob Gretton, manager, Martin Hannet, produtor musical e ainda, nada mais nada menos do que os Stiff Kittens, mais tarde chamados Warsaw, depois Joy Division, e finalmente New Order.

Neste momento sentimos um arrepio na espinha e apercebemo-nos que este filme vai ser uma viagem memorável.

Seguimos a vida de Tony Wilson (Interpretado por um Steve Coogan perto da perfeição), mas não é isso que é realmente importante. Os nossos olhos (e ouvidos) devem estar focados em tudo o que se passa à sua volta, a tudo o que, de alguma forma, este frustrado apresentador de televisão e amante da música movimenta.

Juntamente com Alan Erasmus, Wilson cria a Factory Records, uma produtora musical ligada aos seus músicos apenas pelo amor à música. Não há contratos nem compromissos, cada músico é livre. Este era o lema da Factory.

Ligados a este movimento surgiram algumas das mais extraordinárias bandas. Para além dos já referidos Sex Pistols, Buzzcocks, Joy Division e New Order, não posso deixar de referir os incontornáveis James, Happy Mondays, The Smiths, Morrisey e Stone Roses.

No centro deste cenário musical e cultural estava a discoteca Hacienda, também fundada por Tony Wilson, que dá origem a um dos mais conhecidos movimentos nocturnos: As raves - e com elas o excessivo consumo de ecstasy - (Tony Wilson passeia-se por uma multidão explicando o surgimento do culto do DJ - "Not the music, not the musician, not the creator, but the medium" - numa das mais belas cenas de cinema de que tenho memória).

A realização desta obra varia entre o documentário, a biografia e a ficção, misturando-as e completando-se, criando um fabuloso caos de movimento som e imagem. Não consigo descrever de melhor maneira.

É também um filme que é necessário rever e que requer algum trabalho de casa. Para leigos na matéria, com eu, cresce uma forte vontade de saber mais sobre aqueles anos nos quais foram feitos alguns dos mais preciosos discos da história da música.

Tal como o próprio assunto que retrata, Michael Winterbottom, constrói uma peça de culto, feita principalmente com alma e coração. Merece assim a minha vénia, tal como Steve Coogan no papel de Tony Wilson e Sean Harris no secundário, mas marcante, papel de Ian Curtis.

Tony Wilson: "I'm a minor player in my own life story"

A minha classificação é de: 9/10

Etiquetas:

posted by not_alone @ 11:26  
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home
 
Sobre Mim
Name: not_alone
Home: Portugal
About Me:
See my complete profile
Previous Post
Archives
Blogs
Links
Template by

Free Blogger Templates

BLOGGER

Google
© not_alone proudly powered by Blogger. Template Design by isnaini dot com